sexta-feira, 1 de março de 2019

A pressa é inimiga da perfeição.




Moro em Campinas. Para quem conhece, na Vila Industrial, mas trabalho no Jardim das Bandeiras. 

Para ir ou vir, tenho que pegar um trecho da Rodovia Santos Dumont, já chegando no entroncamento com a Rodovia Anhanguera. Em horários fora de pico, é um trajeto de no máximo 10 minutos.

Mas, nos horários de pico, a coisa fica feia!


Pois é, nesta quinta-feira (28/02/2019), eu tinha um compromisso às 20:00 horas. Sai do trabalho por volta das 18:30 horas e quando cheguei no acesso da Santos Dumont, me deparei com um congestionamento terrível. Se ficasse ali, não chegaria a tempo sequer para um banho antes do compromisso.

A alternativa seria sair pela Avenida das Amoreiras, mas como todos sabem, ela está em obras com uma via de direção e geralmente também com muito trânsito.

Mas temos uma outra alternativa, não muito boa, pois temos que passar por um trecho de estrada de terra de mais ou menos um quilometro, atravessando o Jardim Icaraí e pegando a Estrada Velha Campinas/Indaiatuba.

Para retornar para casa este trecho é em aclive bastante acentuado. Pela manhã eu vim por ali e a estrada estava em razoável condição. Diante do impasse quanto ao trânsito intenso da Rodovia Santos Santos Dumont e da necessidade de chegar logo em casa, fiz a triste opção de pegar esse caminho.

Acontece que havia chovido o dia todo, o que eu sabia. O que não sabia é que haviam feito um serviço de terraplanagem lá no alto da estrada e que a chuva havia trazido grande parte desta terra, transformada em lama, para o leito da estrada. Transformou-se num ensopado de lama terrivelmente escorregadia, que nenhum veículo conseguia atravessar. 

Cheguei até a metade da estrada com muito esforço e percebendo que não conseguiria atravessar, fiz uma difícil manobra para retornar. Quando estava quase chegando ao final da estrada, faltando uns 100 metros para alcançar o asfalto, o carro deslizou na pista, caindo numa valeta lateral um tanto profunda, mas que estava coberta de lama e entulho.

O carro caiu de tal forma que ficou como se fosse uma gangorra, ou seja, o centro do eixo na beirada da valeta. Todas as tentativas de tirá-lo foram inúteis. Um amigo que pensava em fazer aquele caminho com sua caminhonete tentou ajudar, primeiro puxando com uma corda que acabou arrebentando, depois com uma fita de catraca, que também não aguentou. 

A solução foi chamar um guincho que, com muita dificuldade, conseguiu arrastar o carro com o cabo de aço, para depois colocá-lo na plataforma.

O resultado da pressa foi, além do preço do guincho, um pneu rasgado, o radiador estourado e o cano do combustível furado. Uma bela recompensa para quem não teve a paciência de enfrentar o intenso trânsito da Rodovia Santos Dumont.

E aí a gente começa a pensar nos ditados populares: "A pressa é inimiga da perfeição" ou "devagar se vai ao longe". Ou ainda, "Quem tem pressa come cru" e muitos outros mais e descobre que "nem todas as estradas te leva a Roma", algumas te levam ao desespero!

Porque e para que estou partilhando esta história?

Muito simples: antes de tomar qualquer atitude apressada como eu fiz, pondere os prós e contras da situação. 

No fim, acabei faltando ao meu compromisso, embora tenha justificado com certa antecedência por telefone e ainda acabei ficando com um enorme prejuízo. Sem contar que a sujeira do carro vai levar muito tempo para sair completamente. E sem contar o estresse desta situação toda.

Portanto, amigos, muita calma nessa hora!